A destruição ambiental está intimamente ligada a nossa relação irracional com os meios tecnológicos. Comportamento responsável por usos excessivos, que nos impõe ainda a tarefa contraditória de trabalhar para a continuidade desse padrão nocivo. A advertência foi feita pelo empresário e ambientalista, Renato Rollemberg durante o 2º. Seminário Internacional Mobilefest, sobre tecnologia móvel, realizado em São Paulo na primeira semana de dezembro.
Na linha de fogo da argumentação do empresário, o uso dos celulares - cerca de três bilhões ativos no mundo. "Vivemos um modelo auto-esgotável", acrescentou ao debate Karina Bidermann, do Instituto Vivo. No centro da discussão, o antigo problema de gestão de resíduos. Afinal, o que fazer com as baterias usadas de telefones celulares?
As empresas recomendam, para o descarte, as próprias lojas de celulares, que funcionam como pontos de coleta de baterias. Por meio delas esse material é destinado às empresas que promovem a reutilização ou reciclagem dos materiais. Mas, de acordo com especialistas, alguns cuidados simples podem tornar mais longa a vida útil de seu aparelho e de seus acessórios, evitando que entrem tão rapidamente para o famigerado ciclo do lixo.
Utilizar celular, baterias e carregadores conforme instruções dos fabricantes e evitar a compra de produtos falsificados, adquirindo-os em revendas autorizadas são as principais recomendações. Outra dica para o caso de problemas na bateria, é que o usuário procure uma assistência técnica autorizada. Assim, pode-se evitar que o produto seja substituído ou que vá para o lixo. Porém, não é o que ocorre. Boa parte dos aparelhos e baterias continua a ter como destino o cesto de lixo.
De acordo com levantamento realizado pelo IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas resíduos sólidos tóxicos, como as baterias, são responsáveis por aproximadamente 1% do lixo nas grandes cidades. O motivo, segundo analisa o estudo, seria a ignorância quanto à composição perigosa desses materiais e a falta de opções para o descarte adequado. Pilhas e baterias são compostas de metais como mercúrio, cobre, zinco, entre outros, nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.
RASPA DE TACHO
Durante o seminário, foi apresentado um projeto de recolhimento de baterias de celular realizado em Curitiba pela Ong SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental. Desenvolvido entre 1999 e 2006, o programa teve como principal ação uma campanha informativa sobre o tema. Para incentivar a entrega de baterias usadas, foram distribuídos brindes aos usuários. A iniciativa, bem-sucedida, recolheu e devolveu aos fabricantes 293.117 baterias. "Cerca de 30 toneladas de material tóxico deixaram de ir para o lixo comum", ressaltou Clovis Borges, presidente da ONG. Além de falar sobre o projeto, Borges criticou debate de ambientalistas sobre sustentabilidade. Termo que segundo ele só confunde. "Por trás da retórica, a conservação da biodiversidade no Brasil e no mundo continua desesperadora, não sabemos, de fato, o que é preservação da natureza", disparou. Por último, chamou a atenção para o atual estado da Mata Atlântica. "Equivale à raspa de tacho", ironizou. Apesar do cenário, não exatamente favorável, há quem mantenha o otimismo. Para Douglas Nadalini, advogado especialista em direito ambiental, o debate legislativo caminha na direção de uma gestão responsável de resíduos. "Existem leis que poderiam ser aplicadas para a questão do descarte de baterias", disse. A partir da resolução nº 257 do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 1999, tornou-se obrigatório aos fabricantes o recolhimento e destinação de baterias de celulares. A vanguarda em termos de legislação, no entanto, não basta, pois a aplicação dessas leis engatinha. From...Planeta Sustentável
Foi grande o interesse na matéria - que mostra as colônias japonesas que se formaram na região da floresta Amazônica na segunda etapa da imigração nipônica em nosso país. Tanto que um fotógrafo veio do Japão especialmente para tirar novas fotos da Amazônia e incrementar a reportagem. O reconhecimento internacional foi comemorado pela redação brasileira, que já teve outras reportagens publicadas em países como Itália, Polônia, Rússia e Turquia. From...Thays Prado do Planeta sustentável.