sexta-feira, 27 de junho de 2008

Agora você sabe!


Já escrevi um artigo com o título TSE, VITÓRIAS E CORRUPTOS; onde ressaltava a importância da decisão do TSE de não divulgar os dados de candidatos com a “ficha suja” na praça. Além disso, debatia ainda a tacanha decisão de ir contra os anseios de moralização de uma nação inteira e permitir que candidatos acusados dos mais variados crimes concorressem nas eleições. Num parágrafo, eu disse categoricamente: “A grita geral e as ameaças não tão veladas assim, por parte da turma da mamata, acabaram silenciando os juízes. Quem sabe muito em breve não será noticiado um aumento de verbas ou a criação de mais alguns cargos ou privilégios para o Judiciário? Só mesmo o tempo dirá”. E nem precisou esperar muito. Dias depois (dia 22), li uma matéria no jornal Folha do Progresso intitulada “A VINGANÇA DE JADER BARBALHO” . Essa matéria transmite claramente o que de fato ocorreu para retirar das mentes dos juízes do TSE e dos demais TRE’s; a firme convicção que tinham de divulgar a lista com os nomes dos parlamentares envolvidos em crimes. O Deputado Jader Barbalho, tão conhecido nosso pelos inúmeros processos a que responde, encabeça um “levante” de deputados que tem tudo a esconder e temem fortemente que os eleitores mais esclarecidos saibam de que respondem aos mais diversos processos. O deputado paulista Márcio França (PSB) chegou a afirmar que já dispõe de amplo apoio para o projeto. Na verdade, este projeto representa o contra-ataque da bancada “ilícita” contra os juízes que pretendiam moralizar o processo eleitoral. Esse mesmo deputado, responde a diversos processos no STF. O projeto é muito simples: Acaba com a condição vitalícia dos cargos de juízes das cortes supremas e dos tribunais de contas. Ainda exige que as indicações sejam aprovadas pelos parlamentares e que os indicados sejam também escolhidos pelos membros do Congresso Nacional. Não mais apenas pelo Presidente da República. Outro deputado que também responde a diversos processos vaticina: “Do jeito que está, não temos poder de barganha. Não influenciamos nada e os ministros não consideram os apelos da sociedade na hora de decidir”. “Apelos da sociedade” são ótimos com biscoitos; “nobre” deputado. Principalmente quando quem os pede não os escuta na hora de se envolver em mamatas e conchavos. Ou seja, eles querem “influenciar” os juízes. Querem colocar nas posições chaves do último poder, mais ou menos isento, que dispomos (os tribunais superiores) seus cúmplices e quadrilheiros. Para que assim possam se safar nos julgamentos e manterem suas falcatruas em sigilo. A perda da condição de cargo vitalício acarretará numa instabilidade intolerável e numa condição de subserviência que será extremamente perniciosa para nós. Mantendo os tribunais superiores reféns da corja nojenta que assola e infiltra todos os poderes da nação. O que é mais triste ainda, é que não se observa nenhum grande expoente encabeçando algo assim. Esse projeto é unicamente encampado e apoiado por elementos que já respondem a processos dos mais variados crimes e representam o que há de pior em matéria de política. Como tudo é feito “na calada” e sem a devida repercussão nos meios de comunicação de grande alcance; algo assim tão danoso para o país pode ser aprovado e passar “de passagem” pela opinião pública que será apenas surpreendida pela conta a ser paga após a farra dos canalhas. Um verdadeiro cenário digno de uma peça criada para o “Teatro do Absurdo” . E, pelo visto, a pressão foi bem sucedida. Assustados e temendo que o projeto vá adiante, os juízes eleitorais resolveram “mudar de idéia” e não divulgarão mais as listas. O mais triste disso tudo, é ter a compreensão de que Jader Barbalho e tantos outros que sempre freqüentam as páginas policiais e se envolvem em escândalos dos mais diversos, ainda possuem eleitores e força política para aprovar um projeto com esse potencial destrutivo. No momento a pergunta mais importante a ser feita é: Quem os colocou lá? Com certeza não foram os marcianos. Pense nisso. From Visão Panorâmica...Texto transcrito de um ex-militar que escreve sobre as alcunhas de: Arthurius Maximus e Lord Sarubiano. Na foto (From Zé José) campanha do então senador eleito com distribuição de balas (drops).

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